A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) mantém em seu gabinete dois profissionais que atuam como maquiadores e estão oficialmente nomeados como secretários parlamentares na Câmara dos Deputados. Índy Montiel e Ronaldo Hass, que frequentemente acompanham a parlamentar em eventos e aparições públicas, constam nos registros da Casa como ocupantes de cargos comissionados. A prática está dentro das normas da Câmara, que permite a cada deputado contratar até 25 assessores com verba pública.
De acordo com os dados da folha de pagamento, Ronaldo Hass está vinculado ao gabinete desde maio de 2024 e recebeu, em maio deste ano, um salário bruto de R$ 9.678,22. Já Índy Montiel foi nomeado em dezembro de 2024 e, no mesmo mês de referência, recebeu R$ 2.126,59. Além dos dois, o gabinete da deputada conta com outros 12 secretários parlamentares. Erika Hilton afirmou que ambos exercem funções institucionais, como elaboração de relatórios e articulação com movimentos sociais, e que a maquiagem é feita de forma voluntária, fora do expediente.
A nomeação dos maquiadores gerou repercussão nas redes sociais e levantou questionamentos sobre os critérios de escolha para cargos comissionados no Legislativo. A deputada, por sua vez, defendeu a legalidade das contratações e destacou que os assessores contribuem com pautas ligadas à diversidade e aos direitos da população LGBTQIA+. O episódio reacende o debate sobre transparência e eficiência no uso de recursos públicos destinados à estrutura dos gabinetes parlamentares.
