Gladson Cameli reafirma homenagem à avó em maternidade, apesar de recomendação do MP

Acre

 

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Durante a inauguração de dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, neste sábado (18), o governador Gladson Cameli reafirmou sua decisão de manter o nome de sua avó, Marieta Cameli, na maternidade em construção em Rio Branco. A declaração ocorre após o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) emitir recomendação à Casa Civil para que o nome não seja utilizado, alegando a necessidade de critérios impessoais na denominação de bens públicos. O governador, no entanto, defendeu a homenagem como legítima e representativa da história de mulheres da região amazônica.

Cameli relatou que sua avó enfrentou complicações graves após o parto do pai dele, Eládio, em condições precárias no seringal Belo Horizonte. Segundo ele, a trajetória de Marieta simboliza a luta de muitas mulheres que deram à luz em áreas isoladas do Acre. “Ela quase morreu, como tantas outras. Essa homenagem é em nome de todas essas mulheres”, afirmou. O governador também questionou a recomendação do MPAC, citando outros prédios públicos que levam nomes de familiares de políticos e sugerindo que, se houver revisão, ela seja ampla e igualitária.

O Ministério Público, por sua vez, advertiu que o descumprimento da recomendação pode resultar em medidas administrativas e judiciais, incluindo ação por improbidade. O órgão orienta que futuras denominações sejam baseadas em mérito social, histórico ou cultural, priorizando personalidades falecidas com reconhecida contribuição à sociedade. A Casa Civil tem 15 dias para informar ao MPAC as providências adotadas. Enquanto isso, o governador mantém sua posição, afirmando que a homenagem transcende vínculos pessoais e representa a realidade vivida por milhares de famílias acreanas.