O governo brasileiro iniciou tratativas diplomáticas com os Estados Unidos após declarações do senador norte-americano Marco Rubio sugerirem sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A fala de Rubio, que mencionou possíveis violações de direitos humanos, gerou preocupação no Palácio do Planalto e levou o Itamaraty a buscar esclarecimentos junto à diplomacia norte-americana. As sanções, caso aplicadas, poderiam incluir bloqueio de bens, cancelamento de visto e restrição de entrada nos EUA.
A resposta brasileira foi articulada de forma institucional, com o Ministério das Relações Exteriores mantendo diálogo direto com o STF e reforçando a defesa da soberania nacional. Internamente, o governo considerou a ameaça uma tentativa de interferência em assuntos internos do Judiciário. O episódio ocorre em meio a tensões políticas envolvendo decisões do ministro Moraes, que tem sido alvo de críticas de setores conservadores, especialmente após a abertura de inquéritos contra figuras da oposição.
Apesar da gravidade do episódio, o governo Lula optou por uma abordagem diplomática, evitando escalar o conflito. A expectativa é de que o diálogo com autoridades norte-americanas contribua para esclarecer o posicionamento oficial dos EUA e evitar danos às relações bilaterais. O caso também reacende o debate sobre os limites da atuação internacional em temas sensíveis à soberania dos países e o papel das instituições democráticas na proteção de seus membros.