O governo federal reconheceu, por meio da Portaria nº 2.521 publicada nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União, a situação de emergência em 21 municípios do Acre devido à seca severa que afeta os rios do estado. A medida valida o decreto estadual assinado pelo governador Gladson Cameli em 6 de agosto, que aponta a escassez de chuvas como principal fator para o agravamento da crise hídrica. Em julho, foram registrados apenas 8 milímetros de precipitação, comprometendo o abastecimento de água e a navegação fluvial em diversas regiões.
A capital Rio Branco, embora não incluída na portaria federal, decretou emergência separadamente. Nesta segunda-feira, o Rio Acre atingiu 1,65 metro, o maior nível do mês, mas ainda abaixo da média histórica. A baixa vazão dos rios tem dificultado o transporte de insumos, isolado comunidades e afetado o fornecimento de alimentos e combustíveis, especialmente em áreas indígenas e rurais. A Defesa Civil estadual foi designada como unidade gestora para coordenar ações emergenciais e ordenar despesas relacionadas ao enfrentamento da crise.
Além dos impactos no abastecimento, o governo alerta para o aumento de queimadas, prejuízos na agricultura e riscos à saúde pública. O secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, destacou a criação de um gabinete de crise para definir medidas imediatas. Já o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, reforçou a importância do decreto municipal para agilizar o acesso a recursos federais. A situação exige resposta rápida e integrada entre os entes públicos para mitigar os efeitos da estiagem prolongada.
