Governo finaliza PL contra celular nas escolas

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Ideia é apresentar projeto de lei restringindo o uso antes
do Dia da Criança, no próximo domingo. Medida tem simpatia de pais, segundo
pesquisa divulgada em setembro, e de setores que trabalham no ensino

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O governo federal deve apresentar, nas próximas horas, um
projeto de lei que proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas. A
medida foi anunciada pelo ministro
da Educação, Camilo Santana, e faz parte de um pacote de ações a ser
lançado até 12 de outubro — quando se comemora também o Dia das Crianças.
Segundo o ministro, a proposta tem por base estudos que apontam os prejuízos
que o uso indiscriminado dos celulares pode causar no ambiente escolar,
prejudicando o aprendizado.

A proposta do Ministério
da Educação (MEC) segue a tendência já adotada em países como França,
Itália e Grécia, e por alguns estados e municípios — como o Rio de Janeiro. A
proibição foi implementada no início do atual ano letivo e apresenta resultados
positivos no aprendizado dos estudantes. Segundo relatório da Secretaria
Municipal de Educação feito a partir de provas e percepção dos diretos, a
medida aumentou em 32% a chance de um nível de aprendizagem mais adequado entre
os alunos do 8º ano, e em 53% entre os do 9º ano.

Pelo relatório, quanto maior a série, melhor o resultado,
pois os alunos mais velhos são os que mais utilizam o celular. Além disso,
observou-se a redução do cyberbullying durante os intervalos das aulas.

Simpatia social

Uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada no último dia 28,
aponta que 58,6% dos brasileiros apoiam a restrição dos celulares nas escolas,
enquanto 37,7% são contra e 3,7% não souberam opinar. Priscila Cruz,
presidente-executiva da organização não-governamental Todos pela Educação,
afirma que é crucial fortalecer as regras sobre o uso de celulares nas escolas
para evitar impactos negativos no desenvolvimento de crianças e adolescentes.

“O celular não pode intermediar todas as relações e
momentos da vida de crianças e adolescentes. É muito importante que a escola
tenha protocolos de proibição para o dia a dia. É preciso colocar um limite
firme e rigoroso, para que o aluno possa ter seu desenvolvimento cognitivo e
seu aprendizado garantidos, além de preservar a convivência social e
desenvolvimento emocional. E é importante que esses protocolos sejam
determinados pelos estados e municípios, inclusive, para dar suporte aos
gestores escolares”, argumenta.

 

Por Correio Braziliense

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