Governo joga IOF no colo do Congresso e acende crise política

Acre

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O aumento do IOF virou estopim de uma nova crise entre o Planalto e o Congresso. A decisão do governo de elevar o imposto sem diálogo prévio irritou o mercado e acendeu o alerta entre parlamentares. O presidente da Câmara, Hugo Motta, disparou nas redes: “Quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”. A oposição, farejando desgaste, já articula a convocação do ministro Fernando Haddad e tenta derrubar o decreto — mesmo sabendo que a chance é mínima.

Nos bastidores, o clima é de tensão. A derrubada do decreto pode travar R$ 12 bilhões em emendas parlamentares, o que só aumenta a pressão sobre o governo. Enquanto isso, setores da economia — da indústria ao agronegócio — se unem em um manifesto contra o aumento, exigindo que o Congresso reaja. A medida, segundo empresários, foi “surpresa” e “desnecessária”.

O governo, por sua vez, tenta conter o estrago. A Fazenda e o Planejamento aguardam aval da Casa Civil para cortar mais R$ 2 bilhões em gastos, tentando compensar o recuo parcial no IOF sobre fundos no exterior. Mas ainda não se sabe se virá novo corte ou mais imposto. O que é certo: a conta chegou — e ninguém quer pagar.