Nesta segunda-feira, entregadores de aplicativos iniciaram uma paralisação de dois dias, conhecida como “Breque dos APPs”, em busca de melhores condições de trabalho e remuneração. O movimento, liderado por entregadores em São Paulo e apoiado por grupos como o Movimento VAT-SP, exige um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega, R$ 2,50 por quilômetro rodado e o fim do agrupamento de corridas sem compensação financeira adequada.
A mobilização, que ocorre em dezenas de cidades, denuncia a precarização do trabalho e busca pressionar empresas como iFood, Uber e 99 por mudanças estruturais. Apesar de a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) afirmar que a renda média dos entregadores cresceu 5% entre 2023 e 2024, os trabalhadores argumentam que os reajustes são insuficientes diante do aumento dos custos de vida e trabalho.
Com adesão difícil de mensurar devido à natureza autônoma da profissão, a greve já gera impactos em serviços de entrega em várias regiões do país. A expectativa é que o movimento amplie o debate sobre a regulamentação do trabalho por aplicativos e os direitos dos trabalhadores do setor.