O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a economia não será mais o fator determinante nas eleições, apontando um problema de posicionamento comunicativo do governo. Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Haddad destacou que, apesar do crescimento econômico registrado em 2024, a popularidade do governo Lula tem caído.
Haddad mencionou a ascensão da extrema-direita como um fenômeno global, citando os resultados das eleições na França e nos Estados Unidos, onde governos com bons indicadores econômicos não tiveram sucesso nas urnas. Ele afirmou que a baixa popularidade de Lula não é crônica, mas recente, e atribuiu parte da queda à oscilação do dólar em dezembro, que causou apreensão no mercado financeiro.
O ministro acredita que o governo tem tempo para recuperar a popularidade, focando em um melhor posicionamento comunicativo. Segundo Haddad, a comunicação é um desafio para todos os governos democráticos, e é essencial traduzir as ações do governo em um plano de voo que permita à população enxergar um horizonte mais amplo.