Rafhael Gomes da Silva foi condenado a 31 anos, cinco meses e 12 dias de prisão pela morte do comerciante Vicente Lima de Aguiar, de 60 anos, ocorrida em julho de 2024, em Rio Branco. A sentença foi proferida nesta quarta-feira (16), durante júri popular na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar. O réu foi considerado culpado por homicídio qualificado e por integrar organização criminosa. A juíza Hellen da Silva Souza Oliveira Roza destacou o agravante da idade da vítima e a reincidência criminal do acusado como fatores que elevaram a pena.
De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado por uma disputa entre facções criminosas. Rafhael acreditava que Vicente era ligado a um grupo rival. No dia do crime, o acusado chegou à lanchonete da vítima em uma bicicleta, pediu um salgado e, ao ser atendido, disparou quatro vezes contra o comerciante, que morreu antes da chegada do socorro. A esposa da vítima, que estava no andar superior da residência, ouviu os tiros e desceu, sendo ameaçada pelo criminoso. O acusado foi preso no dia seguinte, escondido em uma casa próxima ao local do crime.
A juíza negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, mantendo a prisão preventiva. A defesa, feita pela Defensoria Pública do Estado, não se manifestou publicamente. O caso gerou grande comoção na comunidade local e reforçou o alerta sobre a atuação de facções criminosas em bairros periféricos da capital acreana. A condenação de Rafhael representa um desfecho importante para a família da vítima e para o combate à violência urbana no estado.
