Dados recentes do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgados na última segunda-feira (5), revelam que homens e pessoas acima dos 40 anos são os grupos com maiores taxas de analfabetismo funcional no Brasil. O levantamento, realizado pela ONG Ação Educativa e pela consultoria Conhecimento Social, aponta que 53% dos homens são analfabetos funcionais, enquanto entre as mulheres essa taxa é de 47%. Além disso, a pesquisa destaca que a taxa de analfabetismo funcional é significativamente maior entre pessoas acima dos 40 anos, atingindo 41%, em comparação aos 17% entre os jovens de 15 a 29 anos.
O estudo também revela que, apesar de as mulheres representarem 51% da população entre 15 e 64 anos, elas são minoria entre os analfabetos funcionais, refletindo uma maior escolaridade em comparação aos homens. No entanto, quando se analisam os níveis mais altos da escala Inaf, essa vantagem se reverte: 47% das mulheres são alfabetizadas em nível proficiente, contra 53% dos homens.
A pesquisa ouviu 2.554 pessoas de 15 a 64 anos em todas as regiões do país, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, com uma margem de erro de dois a três pontos percentuais. O Inaf considera analfabeto funcional a pessoa que consegue apenas ler palavras isoladas e frases curtas ou identificar números familiares, como contatos telefônicos, endereços e preços. Desde 2001, o Inaf traça o cenário do analfabetismo funcional no Brasil, complementando as informações divulgadas pelo Inep e IBGE.