Documentos obtidos pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que entidades envolvidas no escândalo conhecido como “Farra do INSS” usaram cópias de fotos de RG (Registro Geral) e imagens antigas para fraudar o processo de biometria facial exigido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para autorizar descontos associativos em benefícios de aposentados.
Em muitos casos, as fotos colocadas nos sistemas de biometria não eram selfies recentes, mas versões manipuladas ou xerox de documentos de identidade, burlando, assim, exigências normativas do INSS. As entidades teriam utilizado empresas de tecnologia para montar fichas de filiação fraudulentas em massa.
O esquema resultou em uma investigação da Polícia Federal, que desmantelou a atuação de associações e empresas ligadas ao caso, responsabilizando operadores e exigindo ressarcimento aos prejudicados. O INSS também passou a exigir rigor na autenticação biométrica para novos descontos, com fiscalização mais intensa.
