Interdição de presídio leva à soltura e transferência de detentas no interior do Acre

Acre

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A interdição da Penitenciária Feminina Guimarães Lima, em Cruzeiro do Sul, levou à adoção de medidas emergenciais para garantir a segurança das detentas e servidores. Das 17 mulheres privadas de liberdade na unidade, sete foram liberadas com tornozeleira eletrônica na última sexta-feira (19), enquanto as outras dez serão transferidas neste sábado (20) para o Presídio Moacir Prado, em Tarauacá. A decisão foi tomada após inspeções técnicas e confirmação de riscos estruturais graves, conforme informou a Chefia de Segurança da unidade.

Construída há mais de cinco décadas, a penitenciária foi interditada pela Justiça do Acre a partir de uma ação do Ministério Público Estadual. O órgão apontou falhas que comprometem a integridade física das internas e dos profissionais que atuam no local. A maioria das detentas cumpre pena por tráfico de drogas, segundo dados do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen). A decisão judicial também proíbe o recebimento de novas presas e orienta os juízes responsáveis a considerarem alternativas como prisão domiciliar, com ou sem monitoramento eletrônico, ou transferência para outras unidades prisionais.

Equipes do Iapen, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e da Secretaria de Obras (Seop) realizaram uma vistoria técnica na unidade interditada. O levantamento vai subsidiar um estudo para reestruturação do presídio, conforme recomendações do Ministério Público. A situação evidencia os desafios enfrentados pelo sistema prisional acreano, especialmente no interior do estado, e reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura para garantir condições mínimas de segurança e dignidade no cumprimento de penas.

*Com Informações AC24Horas