A conclusão da investigação da Polícia Civil do Distrito
Federal (PCDF) contra o filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aponta que o grupo de Jair Renan criou uma “pessoa fictícia”, com documentos
falsos, para conseguir empréstimos em bancos privados.
As provas do inquérito mostram que
Maciel Alves, sócio e instrutor de tiro de Renan, e um de seus comparsas
fizeram “nascer” a falsa pessoa de Antonio Amancio Alves Mandarrari, cuja
identidade sem validade foi usada para abertura de conta bancária e figurar
como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”.
Segundo os investigadores da Delegacia
de Repressão a Crimes de Ordem Tributária (DOT), do Departamento de Combate à
Corrupção (Decor), o esquema é fruto da existência de uma associação criminosa
cuja estratégia era ‘obter indevida vantagem econômica, passa pela inserção de
um terceiro’, o “testa de ferro” ou “laranja”, para se ocultar o verdadeiro
proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas por
Maciel Alves e Jair Renan Bolsonaro.
Os policiais civis ainda descobriram
que os investigados forjaram relações de faturamento e outros documentos das
empresas investigadas, utilizando-se para isso de dados de contadores sem o
consentimento deles, inserindo declarações falsas com o fim de alterar os
valores reais das empresas.
Segundo os investigadores, o
faturamento falso de R$ 4,6 milhões da empresa de Jair Renan foi usado como
respaldo para o filho do ex-presidente conseguir empréstimo bancário, o que é
considerado fraude.
A polícia também investiga
movimentações financeiras suspeitas entre os investigadores e não descarta o
envio de valores para o exterior.
Por Elijonas Maia, da
CNN