O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta última quarta-feira (18) que o país não aceitará pressões externas e reagirá com firmeza a qualquer intervenção militar dos Estados Unidos. A declaração foi feita um dia após o presidente norte-americano, Donald Trump, exigir a rendição incondicional do Irã, em meio à escalada de tensões provocada pelo recente conflito com Israel. Em discurso televisionado, Khamenei alertou que qualquer ação militar resultará em “danos irreparáveis” e reiterou que a nação iraniana “não é de se render”.
A retórica de confronto marca um novo capítulo na deterioração das relações entre Teerã e Washington. Segundo fontes da Casa Branca, Trump estaria cada vez mais inclinado a autorizar ataques contra instalações nucleares iranianas, embora ainda mantenha a possibilidade de uma solução diplomática, desde que o Irã aceite fazer concessões significativas. A fala do presidente norte-americano, que classificou Khamenei como “um alvo fácil”, foi recebida com indignação por autoridades iranianas, que reforçaram a disposição de responder a qualquer agressão com força proporcional.
O embaixador do Irã na ONU confirmou que o governo iraniano já comunicou oficialmente aos Estados Unidos que qualquer envolvimento direto na ofensiva israelense será interpretado como um ato de guerra. Desde o início do conflito, o Irã lançou mais de 400 mísseis contra alvos israelenses, enquanto Israel intensificou seus ataques com dezenas de jatos. A comunidade internacional acompanha com preocupação o agravamento da crise, temendo que a escalada leve a um confronto regional de grandes proporções.
