A presidência da Câmara Municipal de Rio Branco vive um momento delicado. O vereador Joabe Lira, que ocupa o cargo desde o início da legislatura, passou a enfrentar críticas não apenas da oposição, mas também de parlamentares ligados ao prefeito Tião Bocalom. O descontentamento da base aliada acendeu um alerta nos bastidores políticos, indicando que a condução administrativa da Casa tem gerado insatisfação generalizada. A falta de diálogo, a centralização de decisões e a ausência de planejamento são apontadas como os principais motivos para o desgaste.
Nos últimos dias, o clima nas sessões plenárias tem sido marcado por impaciência e cobranças públicas. Parlamentares relatam dificuldades em acompanhar as pautas, que muitas vezes são mal definidas ou alteradas sem consulta prévia. A percepção é de que a Câmara perdeu protagonismo como espaço de debate e construção coletiva. A condução de Joabe Lira, segundo interlocutores, tem se mostrado pouco articulada, o que contribuiu para unir oposição e base em torno de críticas comuns à atual gestão.
Apesar da pressão crescente, ainda há tempo para reverter o cenário. Liderar o Legislativo exige mais do que autoridade formal: é preciso construir pontes, ouvir diferentes vozes e garantir transparência nas decisões. Caso não haja mudanças na postura da presidência, o desgaste político pode comprometer a governabilidade interna e abrir espaço para movimentações que visem a substituição no comando da Casa.
