Depois de cinco dias de julgamento, o júri popular decidiu pela absolvição dos cinco policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) acusados de três homicídios durante uma operação em maio de 2018, no bairro Preventório, em Rio Branco (AC). Os réus, Antônio de Jesus Batista, Alan Melo Martins, Josemar Barbosa de Farias, Wladimir Soares da Costa e Raimundo de Souza Costa, enfrentaram acusações pela morte de Maria Cauane, uma menina de 11 anos, e dos homens Gleiton Silva Borges e Edmilson Fernandes da Silva Sales. O caso gerou grande repercussão e levantou debates sobre o uso da força policial em áreas periféricas.
O julgamento ocorreu na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco, sob a presidência do juiz Robson Aleixo, com o Ministério Público do Acre representado pelo promotor Carlos Pescador. O júri ouviu 30 testemunhas ao longo das sessões, divididas entre acusação e defesa. No final, a absolvição dos policiais provocou reações mistas: familiares das vítimas e defensores dos direitos humanos lamentaram a decisão, enquanto apoiadores da polícia defenderam a legitimidade das ações dos agentes. O caso reacende o debate sobre a letalidade policial e o controle do uso da força em operações nas periferias.