Justiça do Acre adia novamente júri de mototaxista acusado de feminicídio em 2014

Acre

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A Justiça do Acre voltou a adiar o julgamento de Giani Justo Freitas, acusado de matar a engenheira civil Silvia Raquel Mota em 2014. O novo júri popular, que estava previsto para ocorrer na última segunda-feira (26), foi desmarcado pela segunda vez, e ainda não há nova data definida. Freitas havia sido condenado a mais de 24 anos de prisão, mas a sentença foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2023, após a defesa alegar que duas testemunhas essenciais não foram ouvidas no primeiro julgamento.

O crime, ocorrido em Rio Branco, ganhou repercussão nacional pela brutalidade: Silvia foi encontrada morta dentro de uma caixa d’água na residência do casal. Segundo a acusação, o ex-marido não aceitava o fim do relacionamento. Após a condenação inicial em 2019, o Ministério Público recorreu pedindo aumento da pena, o que foi acatado pelo Tribunal de Justiça do Acre. No entanto, o STJ anulou o julgamento, apontando violação ao direito à ampla defesa, e determinou a realização de um novo júri.

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Desde então, o processo tem enfrentado sucessivos adiamentos. Freitas, que chegou a ser preso, atualmente responde em liberdade e teve medidas cautelares revogadas recentemente. A Defensoria Pública do Estado assumiu sua defesa, mantendo silêncio sobre o caso. O adiamento do julgamento reacende o debate sobre a morosidade da Justiça em casos de feminicídio e a importância de garantir celeridade sem comprometer os direitos constitucionais das partes envolvidas.