Justiça do Acre envia acusados pela morte de Kauã ao Tribunal do Júri

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marina-e-sobrinho Justiça do Acre envia acusados pela morte de Kauã ao Tribunal do Júri

A Justiça do Acre decidiu levar a júri popular os dois acusados pela morte de Kauã Nascimento da Silva, de 19 anos, sobrinho-neto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A decisão de pronúncia, publicada nesta quinta-feira (2), mantém a prisão preventiva de André Oliveira da Silva, apontado como autor dos disparos, e Denis da Rocha Tavares, acusado de fornecer a arma utilizada no crime e de exercer liderança em uma facção criminosa no bairro Taquari, em Rio Branco. O processo agora segue para julgamento pelo Tribunal do Júri, em data ainda indefinida.

O homicídio ocorreu em 2 de fevereiro de 2024, quando Kauã foi executado a tiros enquanto dormia na casa de uma tia. Segundo a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os autores arrombaram a porta do imóvel e surpreenderam a vítima, que não teve chance de defesa. A investigação aponta que o crime foi motivado por retaliação entre facções rivais. A acusação contra André se baseia em confissão extrajudicial, corroborada por depoimentos policiais e por laudo balístico que confirmou que os projéteis encontrados no corpo de Kauã partiram de uma pistola calibre .40 apreendida com o suspeito.

Em relação a Denis, os investigadores indicam seu envolvimento direto na ação, reforçado por depoimentos que o apontam como liderança da organização criminosa atuante na região. O juiz responsável pela decisão destacou que há elementos suficientes para que ambos sejam submetidos ao julgamento popular, incluindo provas da materialidade do crime e indícios de autoria. Além do homicídio, os réus também responderão por participação em organização criminosa. A manutenção da prisão preventiva foi considerada necessária para garantir a ordem pública e o andamento regular do processo.