A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre decidiu, nesta terça-feira (23), manter a prisão preventiva de uma mulher investigada por envolvimento em um esquema de fraudes eletrônicas, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A decisão foi publicada no Diário da Justiça e rejeitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa. Segundo o relator do processo, embora a acusada possua residência fixa e exerça atividade profissional lícita, esses fatores não são suficientes para afastar os fundamentos que justificam a custódia cautelar.
De acordo com os autos, a mulher seria integrante de uma organização criminosa especializada em estelionatos virtuais. O grupo utilizava documentos falsificados e movimentava valores por meio de contas bancárias de terceiros, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos. A defesa argumentou que medidas alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica ou o comparecimento periódico à Justiça, seriam adequadas para garantir o andamento do processo. No entanto, o colegiado entendeu que, diante da complexidade das ações e da gravidade dos crimes atribuídos, tais medidas não seriam eficazes para proteger a ordem pública e assegurar a instrução criminal.
Com a decisão unânime, a ré permanecerá presa enquanto as investigações prosseguem na 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco. O caso segue sob apuração, e a manutenção da prisão preventiva foi considerada necessária para evitar interferências no processo e possíveis novos delitos.