Justiça do Acre obriga Estado a transferir criança que estava há quase dois meses entubado sem diagnóstico; entenda

Acre
Captura2520de2520tela25202025-02-222520125324 Justiça do Acre obriga Estado a transferir criança que estava há quase dois meses entubado sem diagnóstico; entenda

F. E. P. A., de 8 anos de idade, assistido por sua genitora Iolanda Deodato Pereira entrou com ação judicial dia 18 de fevereiro deste ano em desfavor do Estado do Acre para a realização de tratamento fora do domicílio-TFD, incluindo internação em UTI, em hospital que disponha de serviço especializado para epilepsia de difícil controle, ausente no Estado.

A criança apresentou os sintomas iniciais em 26 de dezembro de 2024, sendo tratado inicialmente com medicamentos comuns. Entretanto, seu quadro evoluiu de forma grave, com sucessivas convulsões e necessidade de intubação prolongada, sem diagnóstico conclusivo até o momento. 

F. E. P. A passou quase dois meses internado sem encaminhamento para tratamento adequado fora do Estado. 

A solicitação de Tratamento Fora do Domicílio – TFD foi formalizada em 30 de janeiro de 2025, contudo, a transferência só aconteceu após uma liminar em menos de 24h, determinando ao Estado do Acre que promovesse, de imediato, a transferência da criança para unidade hospitalar fora do Estado que disponha de serviço especializado em epilepsia de difícil controle e suporte em UTI.

F. E. P. A, viajou ontem, dia 20 de fevereiro, com sua mãe, para o Hospital da Criança de Brasília José Alencar, na expectativa de receber um diagnóstico assertivo sobre seu estado de saúde e o tratamento adequado.

Nossa equipe procurou a mãe Iolanda Deodato Pereira. Segunda ela, já não aguentava mais ver o filho quase dois meses intubado e sem um diagnóstico conclusivo para início do tratamento adequado. Sem contar que ouvia da equipe médica que era quase impossível transferir seu filho para fora do estado na situação em que se encontrava. E expressou seus agradecimentos:

“Quero aqui expressar minha eterna gratidão ao Dr. Geovane Souza pelo seu profissionalismo e atenção imediata aos detalhes, que em menos de 24h conseguiu a liminar para que o meu filho pudesse viajar e ser tratado fora do estado, aliviando minhas preocupações no caso do meu filho, que neste momento já se encontra no HOSPITAL DA CRIANÇA EM BRASÍLIA em tratamento e com a graça de Deus. Se não fosse essa liminar ainda estaríamos no Acre tendo que ouvir a médica falar que era difícil conseguir um TFD na situação dele, e eu respondendo que a última palavra era a de Deus. Na quarta-feira, quando a médica disse isso, eu fiquei sem chão, sem saber o que fazer. Mas Deus foi tão grande que em menos de 24h tudo foi resolvido. Minha eterna gratidão em nome do meu filho, Iolanda, Val e de toda minha família e amigos”, finalizou.