Justiça mantém condenação de homem por publicar mensagens ofensivas em grupo de WhatsApp

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Caso teria ocorrido em 2020, mas houve recursos
contra a sentença do 1º Grau e, agora, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Acre (TJAC) manteve a condenação para que homem pague R$ 3 mil de
indenização por proferir ofensas de cunho homofóbicas

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC)
decidiu manter a condenação de um homem que proferiu ofensas em grupo de
WhatsApp, agredindo vítima com termos chulos e homofóbicos.

O relator do caso foi o desembargador Francisco Djalma que
votou por conservar a sentença do 1º Grau, emitida na 2ª Vara Cível da Comarca
de Rio Branco. Dessa forma, o requerido deve fazer o pagamento de R$ 3 mil de
danos morais para a vítima.

Caso e decisão

A situação ocorreu em outubro de 2020. O autor relatou que
administrava dois grupos de vendas e ofertas de motocicletas, e quando o
requerido enviou uma mensagem com um placar de um jogo de futebol, pediu para
que fosse mantido o foco no mundo do motociclismo. Depois disso, conforme o
autor alegou, o requerido começou a ofendê-lo.

O caso foi julgado procedente. Mas, existiram apelos contra
a sentença do 1º Grau, que foram negados pela desembargadora Denise Bonfim e
desembargadores Francisco Djalma e Júnior Alberto, que participaram desta
sessão na 2ª Câmara Cível do TJAC.

Na decisão, o relator enfatizou que o direito à liberdade
de expressão é limitado pelos direitos individuais. “Embora o direito à
liberdade de expressão seja resguardado pela Constituição Federal, não é
absoluto, encontrando limites nos direitos individuais, os quais, igualmente,
encontram guarida constitucional, sob pena de ofensa à tutela dos direitos da
personalidade que, uma vez violados, ensejam a reparação civil, como exatamente
ocorreu no caso em deslinde”, escreveu Djalma.

Além disso, o magistrado registrou que o conteúdo das
mensagens foi ofensivo, contendo termos chulos e demonstrando homofobia.
“Infere-se das mensagens, áudios e figurinhas postadas pelo apelante, sem o
maior esforço de raciocínio, que ocorreu o uso de termos chulos para expressar
homofobia”, anotou o desembargador.

 

Por Comunicação TJAC

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