A Justiça do Acre decidiu manter a prisão preventiva de Leandro Mendes dos Santos, de 18 anos, suspeito de envolvimento na morte do vigilante Raimundo de Assis de Souza Filho, de 52 anos, durante uma tentativa de assalto à Escola Estadual Maria Raimunda Balbino, em Rio Branco. O crime ocorreu no dia 7 de abril deste ano, quando Leandro e outros suspeitos teriam invadido a unidade de ensino com o objetivo de roubar a arma do vigilante. Na troca de tiros, Raimundo foi atingido e morreu no local, enquanto Leandro foi baleado no pescoço e permaneceu internado por mais de dois meses, recebendo alta apenas no último sábado (14).
A defesa de Leandro solicitou a revogação da prisão preventiva, alegando que o jovem poderia responder ao processo em liberdade, especialmente por já estar sendo assistido pela Defensoria Pública e não possuir condições financeiras para arcar com fiança. O pedido foi analisado pelo juiz Gustavo Sirena, da Vara de Delitos de Roubos e Extorsões de Rio Branco, que indeferiu a solicitação. Na decisão, o magistrado destacou a gravidade do crime, classificado como latrocínio consumado, e a necessidade de garantir a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal.
Apesar de Leandro não possuir condenações anteriores como maior de idade, o juiz considerou seu histórico como adolescente infrator, com registro de internação por ato análogo ao crime de roubo. A decisão judicial reforça o entendimento de que a liberdade do acusado poderia representar risco à sociedade e comprometer o andamento do processo. O caso segue em tramitação, e Leandro agora responde formalmente como réu por latrocínio, enquanto as investigações continuam para identificar e responsabilizar todos os envolvidos na ação criminosa.
