Em Rio Branco, trabalhadores da educação municipal deflagraram uma greve reivindicando melhores condições de trabalho e a valorização da categoria. O movimento ocorre em resposta à falta de diálogo com a gestão municipal e à ausência de reajustes salariais que deveriam ter sido aplicados em 2024 e 2025. Além disso, a precarização das escolas, o adoecimento dos profissionais e a insuficiência de recursos básicos como alimentação e auxílio-saúde estão entre as principais preocupações.
A greve é pautada por demandas como o cumprimento da hora-atividade, o reajuste do piso do magistério e melhores condições para servidores de apoio e equipes gestoras. Segundo representantes do movimento, a tentativa de deslegitimação e criminalização da paralisação por parte da Prefeitura, por meio de ameaças e coações, reforça a indignação da categoria. Para os grevistas, essa luta não se trata de luxo ou política, mas sim de respeito e dignidade para os trabalhadores que enfrentam desafios diários nas escolas.
“Estamos falando de profissionais que dedicam suas vidas à formação de nossas crianças, que enfrentam salas superlotadas, estruturas precárias, merenda insuficiente, adoecimento mental e físico, além da ausência de diálogo real por parte da gestão municipal. É inadmissível que, em 2025, tenhamos que lutar para garantir o que já é direito”, destacou o vereador André Kamai (PT)
A pressão dos servidores levou a Prefeitura a iniciar um processo de negociação, que ainda é acompanhado com cautela pelos manifestantes. Os trabalhadores defendem que a Câmara Municipal tenha um papel ativo e transparente na mediação das discussões, garantindo que as necessidades da categoria sejam atendidas sem retrocessos. O movimento segue firme, com a expectativa de conquistar avanços que promovam uma educação de qualidade para os estudantes da capital acreana.
