O advogado Keldheky Maia da Silva teve sua prisão preventiva revogada nesta quinta-feira (18) por decisão unânime da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Ele havia sido preso em 7 de agosto, acusado de tentativa de homicídio durante uma confusão que resultou na morte da assistente jurídica Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, na madrugada de 21 de junho, em frente à casa noturna Dibuteco, no bairro Isaura Parente, em Rio Branco. A defesa alegou ausência de fundamentos contemporâneos para a prisão, argumento acolhido pelo relator do habeas corpus, desembargador Francisco Djalma, e seguido pelos magistrados Samuel Evangelista e Denise Bonfim. O Ministério Público também se manifestou favoravelmente à liberdade, desde que condicionada a medidas cautelares.
Com a decisão, Keldheky deverá cumprir monitoramento eletrônico e recolhimento domiciliar noturno, conforme recomendação do MPAC. A desembargadora Denise Bonfim, embora tenha votado pela liberdade, sugeriu que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AC) avalie o afastamento preventivo do réu das funções profissionais, diante da gravidade dos fatos. O processo segue em tramitação e será julgado pelo Tribunal do Júri em data ainda não definida. A investigação aponta que o advogado efetuou disparos de arma de fogo durante a briga, pouco antes do atropelamento que vitimou Juliana. A arma utilizada teria ligação com outro homicídio, segundo laudos periciais1.
Após ser solto, Keldheky publicou uma mensagem nas redes sociais agradecendo à sua defensora, a advogada Paula Belmino, pela atuação no caso. “Obrigado por todo o teu esforço e competência para com minha causa”, escreveu, ao lado de uma foto em frente ao Batalhão de Operações Especiais. A defesa sustenta que o réu colaborou com as investigações e não representa ameaça à ordem pública.


