Governador do Rio de Janeiro ainda se referiu
ao caso como “erro”
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), chamou
de “lamentável” o episódio de confronto entre Policiais do Batalhão de
Operações Especiais (BOPE) e policiais à paisana do 9º Batalhão de Polícia
Militar (Rocha Miranda) no último sábado (17), no Rio de Janeiro. A declaração
foi dada na manhã desta segunda-feira (19), em evento de anúncio da abertura do
Rio Open.
Castro afirmou que quando soube do
ocorrido, ligou para o coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário da PM, e
o cobrou para que situações como essa não voltem a ocorrer. Além disso,
destacou que um dos objetivos do governo é zelar pela segurança dos policiais.
“Proteger a vida do policial é uma das
nossas metas. E que erros assim, quando os dois estão em serviço e do mesmo
lado, não aconteçam (novamente). Já fiz uma cobrança dura. E vamos continuar
cobrando para que situações como essa jamais se repitam”.
Fogo amigo
Policiais do BOPE e policiais militares
à paisana entraram em confronto na madrugada do último sábado (17) durante uma
operação conjunta nas comunidades de Jorge Turco, Mundial e Proença, zona norte
do Rio de Janeiro.
Imagens do circuito de segurança da vizinhança flagraram os
momentos do intenso tiroteio que durou mais de um minuto. Nas cenas, é possível
ouvir o estampido de ao menos 70 disparos de arma de fogo, que atingiram muros
de casas e carros estacionados na rua. Não há informações sobre feridos.
As equipes que se confrontaram não
sabiam se tratar de colegas de corporação até que alguns agentes se
identificaram e a confusão, por fim, cessou. Em nota divulgada, a Polícia
Militar do Rio de Janeiro confirmou o episódio, disse que as imagens serão analisadas
e estudadas pelas equipes operacionais da instituição para que situações
semelhantes não se repitam.
Apesar do equívoco, a operação resultou
na prisão de 14 suspeitos de envolvimento na tentativa de invasão do Complexo
da Pedreira, no bairro de Costa Barros, na última quinta-feira (15).
Por Pedro Pupulim, da CNN