Lula acusa Eduardo Bolsonaro de traição e defende cassação do mandato

Acre

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Durante reunião ministerial realizada nesta terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de promover ações que atentam contra os interesses nacionais. Segundo Lula, o parlamentar estaria articulando sanções junto a autoridades norte-americanas, incluindo sobretaxas sobre produtos brasileiros, o que, na visão do presidente, configura uma grave traição à pátria. A declaração foi feita diante dos 38 ministros convocados para discutir temas como soberania nacional, comunicação governamental e projetos prioritários no Congresso.

Lula afirmou que o comportamento de Eduardo Bolsonaro, que atualmente reside nos Estados Unidos, representa uma tentativa de enfraquecer o Brasil perante a comunidade internacional. O presidente destacou que o deputado deveria ter seu mandato cassado pela Câmara, por agir contra o próprio país. “Não há nada mais grave do que um cidadão custeado pela família, que deveria ter sido expulso da Câmara, insuflar outro Estado contra o Brasil com mentiras e hipocrisias”, disse. O chefe do Executivo também orientou seus ministros a reforçarem, em seus discursos, a defesa da soberania brasileira e a rejeição de interferências externas.

Ao longo da reunião, Lula reiterou que o Brasil não aceitará “desaforos e petulância” de nenhum país. Em tom firme, o presidente afirmou que o país escolheu ser uma república democrática e soberana, e que não se curvará a pressões internacionais. “Se gostássemos de imperador, ainda seríamos uma monarquia. Queremos um país democrático, soberano e republicano”, declarou. As falas de Lula marcam um novo capítulo na tensão política entre o atual governo e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, com possíveis desdobramentos no Legislativo.