Durante seu discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que agressões contra a independência do Poder Judiciário brasileiro são inaceitáveis. Lula foi o primeiro chefe de Estado a falar no evento, realizado na sede da ONU em Nova York, e utilizou a tribuna para defender o fortalecimento das instituições democráticas diante de ameaças promovidas por setores da extrema-direita. “Não há pacificação com impunidade”, declarou o presidente, em referência às tentativas de desestabilização institucional.
A fala de Lula ocorre em um contexto de crescente tensão entre os poderes e de investigações sobre atos antidemocráticos no Brasil. Ao destacar a importância da autonomia do Judiciário, o presidente reforçou o papel das instituições na preservação do Estado de Direito e na garantia dos direitos fundamentais. A menção à extrema-direita como fomentadora de ataques ao sistema judicial brasileiro sinaliza uma crítica direta aos movimentos que contestam decisões judiciais e promovem desinformação sobre o funcionamento das cortes superiores.
O discurso também reafirma o posicionamento do Brasil na defesa da democracia e da justiça social no cenário internacional. Ao abrir os trabalhos da Assembleia Geral, Lula buscou projetar uma imagem de estabilidade institucional e compromisso com os valores democráticos, em meio a desafios internos e externos. A declaração sobre o Judiciário se soma a outras pautas abordadas pelo presidente, como o combate à desigualdade, a preservação ambiental e a reforma das instituições multilaterais. A participação brasileira na ONU reforça o protagonismo do país em debates globais e a disposição de enfrentar ameaças à democracia com firmeza.