Em coletiva de imprensa realizada em Moscou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a devolução do dinheiro desviado do INSS ainda não tem prazo definido, responsabilizando a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo escândalo. Lula destacou que é necessário investigar a fundo para determinar a extensão das fraudes e identificar os envolvidos.
Lula sugeriu que membros do governo anterior poderiam estar envolvidos no esquema, que movimentou cerca de R$ 6,3 bilhões. Ele enfatizou que a prioridade é apurar os fatos com seriedade, sem pressa, para garantir que os aposentados e pensionistas afetados não sejam prejudicados. As entidades responsáveis pelas fraudes terão seus bens congelados para repatriar o dinheiro e compensar os lesados.
O presidente também ressaltou que nem todas as entidades envolvidas cometeram crimes, e que a investigação precisa ser minuciosa para separar as instituições sérias das fraudulentas. Desde a revelação do caso, seis servidores foram afastados e o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, pediu demissão. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), também deixou o cargo em meio à crise.
