O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se pronunciar em cadeia nacional entre os dias 10 e 11 de julho para responder à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, considerada abrupta e unilateral, gerou forte reação do governo brasileiro, que promete adotar medidas recíprocas. A fala de Lula está sendo finalizada pelo secretário de Comunicação do Palácio do Planalto, Sidônio Palmeira, e deve seguir o tom da nota oficial já divulgada, que defende a soberania nacional e a autonomia das instituições brasileiras.
Na publicação anterior, Lula afirmou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e rebateu as críticas de Trump sobre a suposta injustiça na relação comercial entre os dois países. O presidente brasileiro destacou que, ao longo dos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam um superávit de 410 bilhões de dólares no comércio com o Brasil, segundo dados do próprio governo norte-americano. A declaração também reforçou que o processo judicial envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro é de competência exclusiva da Justiça brasileira, sem espaço para ingerência externa.
A expectativa é que o pronunciamento reforce o compromisso do Brasil com a diplomacia, mas também sinalize firmeza diante de ações consideradas hostis. A equipe econômica já avalia possíveis retaliações, incluindo revisão de acordos comerciais e medidas sobre patentes e tributação de multinacionais. A resposta de Lula ocorre em um momento de tensão crescente entre os dois países e deve marcar uma nova fase nas relações bilaterais, com foco na defesa da soberania e na busca por equilíbrio nas trocas comerciais.