Maduro ataca urnas eletrônicas do Brasil: “Não auditam”

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Captura%20de%20tela%202024-07-24%20121039 Maduro ataca urnas eletrônicas do Brasil: “Não auditam”

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro disse que urnas no
Brasil não são auditadas e defendeu a transparência do sistema da Venezuela

Durante comício realizado nessa terça-feira (23/7), em
Aragua, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez críticas ao
sistema eleitoral brasileiro, alegando, sem apresentar evidências, que os
resultados das urnas eletrônicas no Brasil não são auditados.

“No Brasil, não auditam um único boletim de urna”, afirmou
Maduro à plateia presente no evento.

Como forma de comparação, o ditador enalteceu o sistema
eleitoral venezuelano, dizendo que são realizadas 16 auditorias e verificadas
em tempo real 54% das urnas.

“Temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Em que outra
parte do mundo se faz isso?”, pontuou Maduro.

Além das críticas ao Brasil, Maduro se posicionou contra os
processos eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia, afirmando que, em ambos
os países, os votos também não são auditados. A íntegra do discurso foi
compartilhada em
sua conta oficial no X.

Maduro e Lula

A declaração de Maduro surge após o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) afirmar que o venezuelano deve respeitar o processo
democrático e os resultados das eleições na Venezuela, previstas para o próximo
domingo (28/7).

Lula expressou, em entrevista no Palácio da Alvorada, que se assustou com a menção de Maduro a um possível “banho de
sangue” no país em caso de derrota.

“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem
que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai
embora”, comentou Lula.

Em resposta, Maduro afirmou que “quem se assustou que tome um chá de
camomila”. Ele defendeu que sua declaração foi uma reflexão e que o povo
venezuelano está acostumado com desafios, reafirmando que a paz prevalecerá na
Venezuela.

Auditoria de urnas no Brasil

Ao contrário da alegação de Maduro, o sistema eleitoral
brasileiro é rigorosamente auditado. No Brasil, qualquer partido ou coligação
pode fiscalizar todas as etapas da votação e a apuração dos votos, além do
processamento eletrônico dos resultados.

A legislação também permite que partidos políticos
contratem empresas privadas para realizar auditorias do sistema eleitoral.

Essas empresas devem seguir critérios específicos para
acessar os programas do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), que são atualizados em tempo real pelo sistema
oficial de apuração.

 

Por Metrópoles

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