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Em declaração contundente, Marina Silva afirma que a negligência dos EUA pode prejudicar até sua própria população e comprometer esforços internacionais |
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a criticar a postura do governo dos Estados Unidos em relação à crise climática, afirmando que a omissão da maior economia do mundo representa um risco não apenas para o planeta, mas também para os próprios norte-americanos. “Se os EUA não fizerem sua parte, alguém vai ter que fazer”, declarou Marina, em referência à ausência de ações concretas por parte do governo norte-americano diante dos alertas científicos sobre o aquecimento global. A fala reforça o posicionamento do Brasil em defesa de uma agenda ambiental mais ambiciosa e colaborativa.
Segundo Marina, a postura negacionista adotada por autoridades norte-americanas tem dificultado avanços em acordos multilaterais e enfraquecido o compromisso global com metas de redução de emissões. A ministra destacou que os efeitos da crise climática já são visíveis em diversas regiões dos Estados Unidos, com eventos extremos como furacões, incêndios florestais e ondas de calor cada vez mais frequentes. Para ela, a resistência em reconhecer e enfrentar o problema pode tornar a população americana uma das mais prejudicadas nos próximos anos.
A declaração ocorre em um momento de crescente tensão diplomática entre países que buscam liderar a transição ecológica e aqueles que mantêm políticas voltadas à exploração de combustíveis fósseis. Marina Silva reiterou que o Brasil está comprometido com a preservação ambiental e com a construção de soluções sustentáveis, inclusive por meio da organização da COP30, prevista para novembro de 2025 em Belém. A ministra defende que a responsabilidade climática deve ser compartilhada, mas alerta que a ausência de grandes emissores como os EUA impõe desafios adicionais aos países que já enfrentam vulnerabilidades socioambientais.