Dantas criticou a falta de atualização nos protocolos clínicos e defendeu a capacitação urgente dos profissionais que atuam na atenção básica e nas unidades de pronto atendimento. Para ele, o uso de medicamentos sem respaldo científico compromete a eficácia do tratamento e pode levar ao agravamento dos quadros clínicos. O Paxlovid, composto por nirmatrelvir e ritonavir, foi incorporado ao SUS como estratégia para reduzir complicações da doença, mas, segundo o infectologista, permanece subutilizado, mesmo estando disponível nas prateleiras das unidades de saúde.
O médico afirmou ter comunicado o caso a colegas da área e aos secretários de saúde do estado e do município. Em sua avaliação, a não utilização do antiviral representa não apenas um risco à saúde pública, mas também desperdício de recursos. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) foi procurada pela reportagem, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.