Menopausa exige atenção redobrada à saúde cardiovascular feminina

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naom_68da31d259306 Menopausa exige atenção redobrada à saúde cardiovascular feminina

A chegada da menopausa representa uma transição importante na vida da mulher, marcada não apenas por alterações hormonais, mas também por impactos significativos na saúde cardiovascular. Com a redução dos níveis de estrogênio, o organismo perde uma proteção natural que, durante a fase fértil, contribui para a flexibilidade dos vasos sanguíneos, controle do colesterol, regulação da glicemia e estabilidade da pressão arterial. Essa mudança fisiológica aumenta o risco de doenças como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), exigindo maior atenção médica e cuidados preventivos.

Especialistas alertam que os sintomas cardíacos em mulheres podem ser mais discretos do que nos homens, dificultando o diagnóstico precoce. Fadiga excessiva, falta de ar em atividades simples, palpitações e inchaço nas pernas são sinais que merecem investigação. A menopausa precoce, que ocorre antes dos 40 anos, eleva ainda mais os riscos, especialmente quando provocada por fatores como cirurgias, tratamentos oncológicos ou doenças autoimunes. Nesses casos, o acompanhamento médico deve ser intensificado, com avaliação individualizada sobre a indicação de reposição hormonal.

Além do suporte clínico, o estilo de vida desempenha papel central na proteção do coração. Alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso, sono adequado e saúde emocional são pilares fundamentais. Evitar o tabagismo e moderar o consumo de álcool também contribuem para a prevenção. Embora a terapia hormonal não seja indicada exclusivamente para fins cardiovasculares, pode oferecer benefícios indiretos quando iniciada no momento certo e sob orientação médica. A mensagem é clara: cuidar do coração na menopausa é um compromisso diário com o bem-estar.