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Foto: Sérgio Vale |
Durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta terça-feira (9), a deputada Michelle Melo (PDT) fez um pronunciamento contundente sobre a crise no sistema prisional do estado. A parlamentar expressou preocupação com as condições de trabalho dos policiais penais, apontando sucessivas fugas, adoecimento de servidores e denúncias de perseguição como sinais de um colapso iminente. Segundo ela, o cenário atual ultrapassa os limites da tolerância e exige respostas urgentes do governo estadual.
Michelle denunciou que concursados da Polícia Penal estariam sendo ameaçados de não tomar posse caso participem de manifestações em defesa da categoria. A deputada classificou a situação como grave e incompatível com uma gestão pública comprometida com os direitos humanos. Ela também relatou visitas a unidades prisionais, onde constatou problemas estruturais, falta de efetivo e ausência de condições mínimas para o exercício da função. “Tem guarita sem policial, detento sem acesso à saúde e servidor sem suporte psicológico”, afirmou.
A parlamentar reforçou que o caos no sistema prisional não interessa à sociedade e levantou a hipótese de abandono deliberado do setor. Citando uma lei de sua autoria que garante atenção à saúde mental de servidores da segurança, educação e assistência social, Michelle lamentou que a norma esteja sendo ignorada. “O que está acontecendo é muito sério. Não podemos fingir que está tudo bem. A quem interessa policiais penais adoecidos e perseguidos?”, questionou. Ao final, ela cobrou providências imediatas e reafirmou seu compromisso com a defesa dos trabalhadores do sistema prisional.