O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou nesta segunda-feira (6) que os exames realizados no cantor Hungria não detectaram presença de metanol ou seus derivados no organismo. A declaração foi dada em entrevista ao portal Metrópoles e corroborada pela TV Globo. Hungria permaneceu internado por quatro dias sob suspeita de intoxicação após consumir bebidas alcoólicas no Distrito Federal, mas recebeu alta no domingo (5). A perícia da Polícia Civil já havia descartado a presença da substância nas garrafas adquiridas pelo artista, reforçando que, até o momento, nenhuma amostra testada no DF continha metanol.
Enquanto o caso do cantor caminha para encerramento, um segundo paciente, de 47 anos, permanece internado em estado grave após apresentar sintomas semelhantes. Ele deu entrada na UPA de Brazlândia na madrugada de sexta-feira (3) e foi transferido para a UTI do Hospital Regional de Santa Maria. Exames realizados no sábado identificaram um acidente vascular cerebral hemorrágico extenso, agravando seu quadro clínico. Desde então, o paciente está sob cuidados intensivos no Hospital de Base do Distrito Federal, referência em neurologia, sem evolução significativa até esta segunda-feira.
Diante das suspeitas, o governo do Distrito Federal intensificou as ações de vigilância sanitária. Segundo a Secretaria de Saúde, desde quinta-feira (2), foram fiscalizados 174 estabelecimentos, com 37 autuações por irregularidades e apreensão de 1.980 litros de bebidas. As investigações se concentram em bebidas destiladas como vodca, gin e uísque, embora nenhuma amostra tenha confirmado contaminação por metanol até agora. A recomendação oficial é que, em caso de suspeita de intoxicação, a população procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação médica.


