Moraes compara réus que atacam autoridades a milicianos do submundo do crime

Acre
moraes Moraes compara réus que atacam autoridades a milicianos do submundo do crime

Na abertura dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal (STF) após o recesso judiciário, o ministro Alexandre de Moraes fez um pronunciamento incisivo contra os ataques recentes às instituições públicas brasileiras. Sem citar nomes, Moraes classificou os envolvidos como “milicianos do submundo do crime”, em referência a brasileiros que, segundo ele, têm instigado ações contra autoridades e promovido campanhas de desinformação. O ministro afirmou que essas condutas representam atos executórios de traição ao país, reforçando o tom de gravidade com que o STF tem tratado os casos relacionados à tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.

O discurso ocorre em meio a tensões diplomáticas, após os Estados Unidos aplicarem sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o próprio Moraes, com base na Lei Magnitsky. O ministro reagiu afirmando que continuará exercendo suas funções com firmeza e que não se intimidará diante de pressões externas ou internas. Ele também destacou que parte dos envolvidos está fora do país, articulando ações que visam desestabilizar o sistema democrático brasileiro. “Esses pseudopatriotas não tiveram coragem de permanecer aqui e agora tentam impor sanções para prejudicar a estabilidade nacional”, declarou.

Além de condenar as ameaças direcionadas ao STF, à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, Moraes alertou para tentativas de obstrução da Justiça e de obtenção de anistias inconstitucionais. O ministro reiterou que há provas concretas da atuação de uma organização criminosa com o objetivo de interferir em processos judiciais em curso. A fala reforça o posicionamento do Supremo em defesa da democracia e da soberania nacional, diante de um cenário político ainda marcado por polarizações e disputas institucionais.