A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer no intestino. A informação foi confirmada por familiares e veículos de imprensa. Diagnosticada em janeiro de 2023, Preta enfrentava a doença com otimismo e transparência, compartilhando sua rotina de tratamento com o público por meio das redes sociais. Filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil, ela era uma das figuras mais influentes da música brasileira contemporânea, com forte atuação em pautas sociais e culturais.
Natural do Rio de Janeiro, Preta Gil iniciou sua carreira musical em 2003 com o álbum Prêt-à-Porter, que trouxe parcerias marcantes como “Sinais de Fogo”, com Ana Carolina. Ao longo de sua trajetória, lançou seis álbuns e comandou o tradicional Bloco da Preta, um dos maiores do Carnaval de rua carioca. Além da música, teve passagens pela televisão e pelo mercado publicitário, sendo sócia da agência Mynd, voltada para influenciadores digitais. Feminista declarada, Preta foi voz ativa contra o racismo, a gordofobia e em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
Preta Gil deixa o filho Francisco e a neta Sol. Sua morte representa uma perda significativa para a cultura brasileira, não apenas pelo talento artístico, mas também pelo papel que desempenhou como símbolo de resistência e representatividade. Em depoimento recente, Gilberto Gil relembrou com carinho o momento em que registrou o nome da filha: “Na minha casa, Preta se tornou nome próprio”. A artista será lembrada por sua autenticidade, coragem e contribuição à diversidade no cenário musical e social do país.


