MP denunciará omissão em caso de policial que matou vizinho e foi liberado no mesmo dia

Acre

WhatsApp-Image-2025-05-26-at-14.55.14-scaled-1 MP denunciará omissão em caso de policial que matou vizinho e foi liberado no mesmo dia

O Ministério Público do Acre (MPAC) decidiu agir diante do que já circula como mais um caso de impunidade envolvendo agentes do Estado. Após a morte de um homem em Rio Branco, supostamente baleado por um policial civil durante uma briga de vizinhos, o MP instaurou procedimento para acompanhar o caso e denunciar possíveis falhas na condução da ocorrência. O agente foi levado à Delegacia de Flagrantes, mas liberado no mesmo dia — sem flagrante, sem tornozeleira, sem explicações.

A Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial determinou diligências no local do crime, busca por câmeras de segurança e identificação de testemunhas. Também requisitou, com prazo de cinco dias, os autos do flagrante e a justificativa formal para a liberação do policial. O recado é claro: o MP quer saber quem decidiu soltar o agente e com base em quê.

Além disso, laudos do IML e da perícia criminal foram exigidos com urgência. O caso já provoca desconforto nos bastidores da segurança pública do Acre. Para o MP, não se trata apenas de apurar um homicídio, mas de denunciar um possível padrão de blindagem institucional. A pergunta que ecoa: se fosse o contrário — um civil atirando num policial — o desfecho teria sido o mesmo?