O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça de Sena Madureira, instaurou nesta quinta-feira (23) uma notícia de fato para investigar a possível obstrução do curso do Rio Iaco, nas imediações do Seringal Santa Clara. A suspeita é de que uma madeireira esteja utilizando toras de madeira de forma irregular no local, comprometendo a navegação e afetando diretamente a rotina dos ribeirinhos. A medida foi motivada por uma reportagem que denunciou os transtornos enfrentados por moradores da região em decorrência do bloqueio.
Como parte das ações iniciais, o MPAC encaminhou ofícios à Delegacia de Polícia Civil e ao Batalhão da Polícia Militar de Sena Madureira. O objetivo é verificar se há registros de ocorrência relacionados ao caso e solicitar a abertura de inquérito policial para apuração dos fatos. Paralelamente, o promotor de Justiça Wendelson Mendonça se reuniu com o prefeito Gerlen Diniz para discutir alternativas que garantam a rápida desobstrução do rio, considerado essencial para o deslocamento e abastecimento das comunidades ribeirinhas.
Segundo o promotor, ainda que a empresa possua licença ambiental para atuar na área, o bloqueio do rio é inadmissível, pois compromete o direito de ir e vir das populações locais. A situação, que se assemelha a uma represa improvisada, poderá acarretar responsabilizações legais caso se confirme a irregularidade. O MPAC reforçou que a prioridade é garantir a retirada do material pela própria empresa envolvida, restabelecendo o fluxo natural das águas e minimizando os impactos sociais e ambientais na região.


