O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou nesta terça-feira, 28, um procedimento preparatório para apurar deficiências estruturais na Polícia Técnico-Científica, com foco nas condições de funcionamento do Instituto Médico Legal (IML). A investigação foi motivada por relatório do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC), que apontou escassez de profissionais, ausência de equipamentos essenciais, instalações inadequadas e falta de veículos apropriados para o transporte de corpos. As constatações levantam preocupações sobre a qualidade dos serviços periciais prestados à população.
Diante das irregularidades, o promotor de Justiça Rodrigo Curti solicitou que a Delegacia-Geral da Polícia Civil, a Diretoria da Polícia Técnico-Científica e a administração do IML apresentem, em até 10 dias úteis, esclarecimentos detalhados sobre os problemas apontados. O MPAC requer informações sobre as falhas específicas, as medidas já adotadas para correção e um plano com cronograma para solucionar as deficiências. A iniciativa busca garantir transparência e responsabilização, além de promover melhorias na estrutura dos serviços vinculados à perícia oficial.
A apuração será publicada no Diário Oficial do MPAC e poderá resultar em ações civis ou criminais, conforme o conteúdo das respostas enviadas pelos órgãos envolvidos. O Ministério Público reforça que o objetivo é assegurar o funcionamento adequado das unidades técnico-científicas, fundamentais para a elucidação de crimes e para a prestação de serviços públicos com dignidade.


