De acordo com dados do Google Trends, que monitora as
principais buscas da plataforma, o Brasil é o segundo país que mais pesquisa
sobre o transtorno da ansiedade. Atrás somente da Ucrânia, que realiza
mais que o triplo das pesquisas, o brasileiro se mantém nessa posição do
ranking quando pesquisado nos últimos 12 meses.
O termo ansiedade é derivado do anseio, do
medo e da preocupação, muitas vezes em forma de reações mentais à tristezas que
muitas vezes não são vividas. “A ansiedade pode ser mental em tempos de
antecipação de sofrimento e preocupações excessivas, mas muitas vezes, ela é
manifestada também no corpo através de palpitações, alterações do trato
gastrointestinal, sudorese excessiva, taquicardia e problemas de sono. Muitas
vezes a pessoa ansiosa também tem sintomas depressivos”, explica Carolina
Hanna, médica psiquiatra do Hospital Sírio-Libanês.
De acordo com a plataforma, os assuntos relacionados ao
transtorno que se destacam nas pesquisas são: sintoma, transtorno de ansiedade,
depressão, ataques de pânico e doença. Além disso, vale mencionar que a busca
sobre a sensação está em ascensão, com aumento de mais de 110% das buscas em um
ano. Já 4as pesquisas por “transtorno de ansiedade de separação” cresceram mais
de 400% no período selecionado.
A Ucrânia lidera a lista e muito se dá por
conta da guerra que ocorre no país desde 2022. Embora seja difícil de prever
quando, as negociações por um cessar-fogo entre Ucrania e Rússia podem avançar
no ano que vem. O cenário de guerra é rodeado por incertezas e ameaças a vida e
a ansiedade se insere nesse contexto. “A possibilidade de você
presenciar mortes, se sentir ameaçado, sentir que seus entes queridos estão
ameaçados é um conflito que ameaça a própria existência, então o medo faz parte
e ansiedade também claro”, comenta a doutora Carolina.
Por Ana Beatriz Dias da CNN