O Grande Circo do Golpe: Bolsonaro e Seus Aliados em um Espetáculo de Conspiração

Brasil

Por Edinho Levi

A Trama de Hollywood que Nunca Foi

Imagine um roteiro de filme de ação de quinta categoria: um ex-presidente, seus aliados militares e um plano mirabolante para assassinar o presidente eleito, o vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal. Parece coisa de cinema, mas não, é a realidade brasileira. A Polícia Federal revelou que Jair Bolsonaro e seus comparsas estavam envolvidos em um plano para eliminar Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Se isso não é digno de um Oscar de pior roteiro, eu não sei o que é. Digo pior roteiro, porque agora eles serão punidos, não pelo ato, mas pela a vontade de fazer.

Eu eu pergunto: “Isso pode Arnaldo?”

E na sequencia eu mesmo respondo: “Pode, pois aqui é o Brasil!”.

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O Clube dos Conspiradores

Entre os personagens dessa trama, temos figuras ilustres como o general Augusto Heleno, Braga Netto e Valdemar Costa Neto, este último, ex-aliado de Lula. Todos eles, segundo a PF, estavam cientes e envolvidos no plano. É quase como se tivessem formado um clube secreto, onde a senha de entrada era “vamos dar um golpe”. E o mais irônico? Eles realmente acreditavam que poderiam sair impunes. Talvez tenham assistido a muitos filmes de espionagem e se esqueceram de que a vida real não é tão glamourosa.

A Comédia dos Erros

O plano, batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, incluía desde envenenamento até explosões. Mas, como em toda boa comédia de erros, nada saiu como planejado. A PF interceptou mensagens, depoimentos e provas que mostraram a incompetência dos envolvidos. É quase como se estivessem tentando ganhar um prêmio de “maior fiasco conspiratório do ano”. E, claro, Bolsonaro, o protagonista dessa novela, agora enfrenta a possibilidade de ser indiciado por tentativa de golpe de Estado.

Vamos entender o que pode vir a ser “tentativa” de um crime aqui no Brasil. Segundo o conceito básico de crime tentando:

o crime tentado acontece quando o agente inicia a execução do crime, mas não consegue concluí-lo por circunstâncias alheias a sua vontade

O Show Deve Continuar

Enquanto aguardamos o desfecho dessa tragicomédia, uma coisa é certa: o Brasil nunca decepciona quando o assunto é política. Com personagens dignos de um reality show e enredos que fariam qualquer roteirista de Hollywood corar de vergonha, seguimos acompanhando de camarote. E quem sabe, no próximo capítulo, não teremos mais uma reviravolta digna de novela das nove?

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