“O prefeito aqui não entra”, dizem moradores em desabafo à Emerson Jarude

Política

O candidato a prefeito de Rio Branco Emerson Jarude (NOVO) se reuniu com moradores do bairro Santo Afonso na noite desta quinta-feira (29), para apresentar as suas propostas para a capital acreana.

O candidato também ouviu as reivindicações das famílias que há anos convivem com falta de infraestrutura, sem vagas em creches e nem mesmo água na torneira. “Mas a conta chega todos os meses”, alegam. 

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“O prefeito aqui não entra, nunca veio aqui, só bagunçou as coisas. Se você entrar na minha rua, vai achar que está entrando em um esgoto. A gente sente aquele vapor, sabe? Os esgotos todos estourados. A gente sofre com o odor dentro de casa, tem dias que nem consigo me alimentar, a gente fica passando mal com o cheiro horrível”, desabafou uma das moradoras, destacando que o problema já vem de gestões anteriores e que depositam em Jarude a confiança de finalmente solucionar o problema.

Rio Branco foi a última capital a implantar uma Política Municipal de Saneamento e está entre as piores do Brasil em saneamento básico. Apenas 22,67% da população rio-branquense tem acesso aos serviços de esgotamento sanitário. Desse montante, 68,09% do esgoto é manejado adequadamente por meio de sistemas centralizados de coleta e tratamento ou soluções individuais. O restante, 31,91%, não é tratado e nem coletado.

Jarude pontuou que entre as suas propostas está universalizar o saneamento básico por meio de concessão do serviço, seguindo o Novo Marco Legal do Saneamento, além de modernizar/restaurar/construir Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).

“O serviço de água e esgoto na nossa capital nunca funcionou, já passou pela mão do governo e da hoje está com a prefeitura, ninguém resolveu, então a solução é passar para a iniciativa privada. Temos como exemplo Maringá, no Paraná, que hoje é um município que pelo menos 99% da população com acesso a água tratada e 90% com serviço de coleta e tratamento de esgoto e lá foi feita a concessão desse serviço, exatamente como vamos fazer aqui. Desse jeito a gente garante que vai ter água e esgoto tratado pra todo mundo, inclusive para quem não tem condição de pagar, porque os R$ 50 milhões que hoje a Saerb gasta, vai ser transformado em tarifa social”, explicou Jarude.

O candidato esclareceu ainda que a concessão é diferente da privatização, sendo que na concessão, a prefeitura continua sendo a dono do serviço,  mas cede a uma empresa privada por um tempo determinado. A empresa privada é responsável pela operação e manutenção do serviço sob a fiscalização da gestão municipal. No final do período de concessão, o bem ou serviço volta para o controle da prefeitura, enquanto na privatização, o serviço é vendido  definitivamente e a partir desse momento, a empresa se torna a nova dona e tem total controle sobre a gestão e operação, sem a obrigação de devolver para a prefeitura no futuro.

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