Operação Contenção deixa 64 mortos e paralisa o Rio de Janeiro

Acre

 

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O Rio de Janeiro viveu nesta terça-feira, 28, um dos episódios mais violentos de sua história recente. A megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, resultou em pelo menos 64 mortes — incluindo quatro policiais — e 81 prisões, segundo dados confirmados pelo Palácio Guanabara. A ação, parte da Operação Contenção, mobilizou cerca de 2.500 agentes das forças de segurança estaduais com o objetivo de desarticular núcleos do Comando Vermelho (CV), facção que atua em diversas comunidades fluminenses. A ofensiva foi marcada por intensos confrontos, barricadas em chamas e o uso de drones com explosivos por criminosos.

Em resposta à operação, traficantes orquestraram represálias em vários pontos da cidade, provocando bloqueios em vias expressas como a Linha Amarela, Avenida Brasil e Grajaú-Jacarepaguá. Ônibus e veículos foram usados como barricadas, afetando mais de 100 linhas de transporte público e levando à suspensão de aulas em universidades e escolas públicas e privadas. O Centro de Operações e Resiliência (COR) elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, e a Polícia Militar suspendeu atividades administrativas para colocar todo o efetivo nas ruas.

Entre os presos estão Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo, e Nicolas Fernandes Soares, operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como líder do CV na Penha. O Ministério Público do Rio denunciou 67 pessoas por associação ao tráfico e outras três por tortura. Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, a operação foi planejada com antecedência e não contou com apoio federal. “Lamentamos profundamente as vítimas, mas essa é uma ação necessária e continuará”, afirmou