O governo do Acre apresentou nesta quinta-feira (25) os resultados da Operação Sentinela, que desarticulou um esquema de tráfico de drogas dentro do Complexo Penitenciário de Rio Branco. A ação foi detalhada em coletiva no auditório da Polícia Civil, com participação de representantes do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e da Polícia Civil. A investigação teve início após a prisão em flagrante de três funcionários da cozinha do presídio, o que levou à identificação de um grupo criminoso responsável pelo envio de entorpecentes à unidade. Segundo o presidente do Iapen, Marcos Frank, a operação resultou na apreensão de cerca de 100 quilos de maconha em três ocasiões distintas, além de tabaco e celulares.
Com a adoção de novos protocolos de segurança, as forças policiais intensificaram as revistas nas imediações e no interior do presídio, o que permitiu interceptar materiais ilícitos e prevenir possíveis fugas. Frank explicou que os funcionários envolvidos eram contratados por empresa terceirizada, mas que parte da mão de obra utilizada no serviço vinha dos próprios apenados. A operação também possibilitou uma reavaliação estrutural das rotinas internas do complexo, reforçando medidas de controle e fiscalização. Os objetos apreendidos, como cartões de memória e aparelhos eletrônicos, estão sendo analisados para aprofundar as investigações.
O delegado Saulo Macedo, da Polícia Civil, destacou que a investigação teve início em junho e envolveu ações conjuntas com a polícia penal. Ao longo do processo, foram realizadas apreensões que impediram a entrada de mais de 50 quilos de drogas no presídio. A partir da prisão dos servidores, foi possível identificar uma rede dedicada ao tráfico interno, culminando na prisão preventiva de dois suspeitos. Macedo afirmou que a movimentação financeira do grupo ainda será apurada, com foco em identificar possíveis intermediários e familiares envolvidos. As autoridades reforçaram que novas etapas da operação estão previstas, conforme o avanço das apurações.


