“Pente-fino” no BPC: governo endurece regras e quem não atualizar cadastro será bloqueado

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A norma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU)
desta sexta-feira (26) e já passa a valer imediatamente

Nos próximos dias, o governo federal vai enviar
notificações para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e não
está no Cadastro Único (CadUnico), para atualizar os dados cadastrais. Quem não
realizar a atualização poderá ter os recursos bloqueados.

A norma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU)
desta sexta-feira (26) e já passa a valer imediatamente.

O BPC é a garantia do pagamento pelo governo de um salário
mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos, ou à pessoa com
deficiência de qualquer idade.

Segundo a portaria conjunta entre os ministérios da
Previdência e Desenvolvimento Social, a atualização vale para os cadastros
desatualizado há mais de 48 meses (quatro anos).

Os prazos para a atualização serão contados a partir da
notificação bancária ou por outros canais de atendimento a seguinte forma:

I – 45 dias para municípios de pequeno porte; e

II – 90 dias para municípios de médio e grande porte ou
metrópole, com população acima de 50 mil habitantes.

O texto ainda diz que, se não houver confirmação clara da
notificação bancária ou de outros canais de atendimento, o crédito do benefício
será bloqueado 30 dias após o envio da notificação.

“O não cumprimento do disposto no caput implicará na
suspensão do benefício desde que comprovada a ciência inequívoca da
notificação”, diz o texto.

Mesmo assim, a portaria garante que o beneficiário terá até
o fim do prazo estipulado para fazer a revisão dos dados sem que haja prejuízo
no pagamento do benefício.

“Caso o beneficiário não realize a inclusão ou atualização
cadastral nos termos do caput, a suspensão terá efeitos a partir do pagamento
do mês subsequente ao final dos prazos estabelecidos”, diz o texto

Mas, de acordo com a portaria, em casos de suspensão e a
pessoa regularizar as pendências, todos os meses bloqueados serão pagos.

A medida faz parte da tentativa do governo em conter gastos
federais e amenizar o rombo nas contas públicas.

De acordo com o relatório de avaliação de despesas e
receitas, divulgado na última segunda-feira (22), o pagamento do BPC subiu R$
6,4 bilhões em relação ao segundo bimestre.

A justificativa é que o programa de enfrentamento à fila da
Previdência Social e o aumento de novos requerimentos e dos analisados
aumentaram a despesa com o benefício.

Além dessa medida, outras estão sendo estudadas, também no
âmbito da Previdência e Desenvolvimento Social, que podem gerar uma economia de
R$ 9 bilhões ainda em 2024.

 

Por CNN

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