País vizinho vive crise na
segurança pública e luta contra o crime organizado.
O Peru declarou na terça-feira
(9) estado de emergência na fronteira com o Equador, país que vive crise na
segurança pública e luta contra o crime organizado.
O anúncio foi feito pelo
primeiro-ministro Alberto Otárola, que também informou que os ministros do
Interior e da Defesa irão a uma cidade da fronteira para coordenar a segurança
na região.
Além disso, o Ministério do Interior do
Peru anunciou também nesta terça-feira que enviará um contingente da Diretoria
de Operações Especiais da polícia para a fronteira com o Equador.
Mais cedo, o presidente equatoriano,
Daniel Noboa, decretou Conflito Armado Interno e classificou 22 grupos do crime
organizado como organizações terroristas.
A medida acontece após sequestros
de policiais, explosões e uma invasão por homens armados a uma rede de
televisão. A polícia deteve 13 pessoas e aprendeu armas e explosivos após
o incidente.
Noboa também decretou que as Forças
Armadas equatorianas devem realizar operações militares para neutralizar os
grupos armados, ainda de acordo com o documento.
Além disso, foi formado um Conselho de
Segurança Pública e do Estado para analisar a situação da segurança do país.
O Ministério da Educação do Equador anunciou
que as aulas presenciais estão suspensas em todo o país até o dia 12 de janeiro.
Já a Direção-Geral de Aviação Civil pediu que a segurança seja reforçada em
instalações aeroportuárias, áreas públicas e imediações.
Estado de emergência
O presidente Daniel Noboa declarou estado
emergência por 60 dias na segunda-feira (8), permitindo patrulhas militares,
inclusive nas prisões, e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional.
A medida foi uma resposta à possível
fuga de Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, da prisão onde
cumpria uma pena de 34 anos, e a outros incidentes prisionais recentes,
incluindo a tomada de guardas como reféns.
Noboa, filho de um dos homens mais
ricos do país, assumiu o cargo em novembro do ano passado, prometendo conter
uma onda de violência relacionada ao tráfico de drogas nas ruas e nas prisões
que tem crescido há anos.
Por Tiago Tortella, CNN Brasil