A Petrobras anunciou uma redução de 4,9% no preço da gasolina vendida às distribuidoras, válida a partir desta terça-feira (20). O reajuste representa uma queda de R$ 0,14 por litro, com o valor médio passando de R$ 2,85 para R$ 2,71. Este é o primeiro corte promovido pela estatal desde julho e ocorre em meio à queda nas cotações internacionais do petróleo, além da defasagem acumulada em relação aos preços praticados no mercado externo. No acumulado do ano, a redução totaliza R$ 0,31 por litro, equivalente a 10,3%. Os preços do diesel e do gás de cozinha (GLP) permanecem inalterados.
Apesar da redução no valor repassado às distribuidoras, o impacto imediato para o consumidor final pode ser limitado. O preço nas bombas depende de uma série de fatores adicionais, como tributos federais e estaduais, margens de lucro de revendedores e custos logísticos regionais. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina comum no país era de R$ 6,22 na semana anterior ao anúncio. A expectativa é que o repasse ocorra de forma gradual, variando conforme a dinâmica de cada mercado local.
O corte ocorre em um contexto de recuo no preço do barril de petróleo, influenciado por tensões geopolíticas e sinais de desaceleração econômica global. Internamente, a medida também responde a pressões políticas por ajustes na política de preços da Petrobras. A redução pode contribuir para aliviar a inflação, que registrou alta de 0,48% em setembro, acumulando 5,17% em 12 meses, segundo o IBGE. Analistas projetam que o reajuste pode reduzir o IPCA de novembro, com impacto estimado de até -1,58% no preço da gasolina nas bombas.


