A Polícia Federal concluiu a perícia no pen drive apreendido na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e avaliou que o dispositivo contém poucos elementos relevantes para as investigações em curso. O item foi encontrado escondido no banheiro durante operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e periciado no Instituto Nacional de Criminalística (INC). Após cinco horas de análise, os investigadores constataram que o conteúdo é limitado e não deve contribuir significativamente para o avanço do inquérito.
Com o laudo técnico finalizado, a atenção da equipe de investigação se volta agora ao celular do ex-presidente, também apreendido na mesma operação. A decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizou o acesso completo ao aparelho, incluindo mensagens, imagens e outros dados armazenados. Moraes justificou a medida afirmando que Bolsonaro estaria agindo de forma consciente e ilícita, em articulação com seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, com o objetivo de pressionar o funcionamento do STF por meio de influência externa.
Em resposta às medidas cautelares, que incluem recolhimento domiciliar noturno, proibição de uso de redes sociais e contato com diplomatas, Bolsonaro alegou estar sendo alvo de perseguição política. O ex-presidente afirmou desconhecer o pen drive encontrado e confirmou manter dólares em espécie em casa, o que classificou como prática comum. A investigação segue em andamento, com foco na análise do conteúdo do celular e na apuração de possíveis conexões com outras frentes do inquérito.