A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está temporariamente licenciado do mandato e vivendo nos Estados Unidos. O motivo: declarações e postagens em que o parlamentar teria atacado autoridades brasileiras e insinuado represálias contra o Judiciário.
Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, Eduardo adotou um “tom intimidatório” ao se referir a agentes públicos e julgadores da Ação Penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. A PGR também quer ouvir Jair Bolsonaro, pai do deputado, por ser o responsável financeiro pela estadia do filho no exterior — o que, segundo o órgão, pode indicar benefício direto ao ex-presidente.
O pedido inclui ainda o monitoramento das redes sociais de Eduardo e a oitiva de autoridades diplomáticas brasileiras nos EUA. A ofensiva da PGR ocorre após representação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e pode abrir mais um flanco jurídico contra a família Bolsonaro, que segue sob pressão em múltiplas frentes judiciais.
